Estamos no chamado maio laranja, mês de enfrentamento e prevenção ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Se engana quem pensa que os abusadores são pessoas desconhecidas. Isso nem sempre é verdade. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a maioria dos abusos ocorre no ambiente familiar e é cometido por um homem, que é parente ou conhecido. São pais, padrastos, mas também tios, avôs, amigos dos pais da criança. No Opinião dessa semana, vamos tentar entender a diferença entre exploração e abuso sexual. Como podemos proteger nossos filhos? A partir de que idade é possível ensiná-los a identificar esse tipo de violência? Para falar sobre o assunto, receberemos a médica pediatra ANA CLAUDIA BRANDÃO, integrante do projeto "Eu Me Protejo" e LAÍS PERETTO, diretora-executiva da Childhood Brasil. Conversamos, também, remotamente, com a ex-nadadora JOANNA MARANHÃO, coordenadora de rede pela Sport & Rights Alliance, que se tornou uma ativista depois de revelar que sofreu abusos sexuais de seu treinador quando tinha apenas nove anos.

Quando abordamos a luta contra o racismo por meio de uma educação antirracista, é crucial reconhecer a necessidade de alinhar nossas palavras com ações concretas. Apesar de existir uma lei desde 2003 que prevê a obrigatoriedade do ensino de história e da cultura afro-brasileiras nas escolas, a implementação na prática dessa educação antirracista ainda não é uma realidade e, quando é, não garante que crianças e adolescentes negros sejam efetivamente respeitados no ambiente escolar. A atriz Samara Felippo denunciou, no final do mês de abril, que a filha de 14 anos foi vítima de racismo na escola particular onde estuda, na Zona Oeste de São Paulo. O caso chama atenção para uma questão importante: qual a importância das escolas trabalharem as questões relacionadas à educação antirracista? Para entendermos a importância desse assunto para a sociedade em geral, vamos conversar com a psicanalista e antropóloga do Coletivo Di Jeje JAQUE CONCEIÇÃO e a historiadora e educadora racial SARAH CAROLINNA. Conversamos, também, de maneira remota, com a atriz SAMARA FELIPPO.

A gente vê, ouve e lê por aí muitas coisas que reforçam a ideia de que nós, mulheres, nascemos para a maternidade e que ninguém cuida dos filhos como nós - somos valiosas, insubstituíveis. Mas será que isso é verdade? Acreditar que somos as únicas ou as maiores responsáveis pelo cuidado não seria uma inverdade, além de um fardo pesado demais? Já por outro lado, perdemos valor quando somos mães e estamos no mercado de trabalho, que frequentemente desvaloriza as mulheres - tanto as que planejam ter filhos, quanto aquelas que já são mães. Para discutir o assunto, o Opinião convida a Psicanalista e diretora do Instituto Gerar de Psicanálise, Vera Iaconelli, e a psicóloga docente do Senac São Paulo, Marina Cruz. Também conversamos com Beatriz Rego, que é mãe de uma criança Neuroatípica, e com a ativista indígena Shirley Krenak, mãe de três, que nos contaram suas vivências