• Remédios supercaros – o acesso após decisão do STF
    Sep 20 2024
    O processo de um paciente para que o sistema público de saúde fornecesse a ele medicamentos de alto custo, em Santa Catarina, subiu à instância mais alta da Justiça brasileira. No Supremo, o ministro Gilmar Mendes apresentou a proposta que estabelece de vez as regras para o acesso a remédios que estão fora do alcance do Sistema Único de Saúde – seja por falta de aprovação técnica, seja por falta de viabilidade orçamentária. A Corte já formou maioria para aprovar o texto. A expectativa é que, com a decisão sobre a tese de repercussão geral, haja pelo menos dois efeitos diretos: pacificar os processos ligados ao direito à saúde que chegam ao Judiciário (foram mais de 560 mil apenas em 2023) e definir, entre estados e União, quem pagará a conta. Neste episódio, os entrevistados de Natuza Nery para avaliar a medida e apontar a repercussão dela dentro do SUS são José Gomes Temporão, médico, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz e ministro da Saúde entre 2007 e 2010, e Walter Cintra Ferreira Júnior, médico sanitarista e professor do FGVSaúde.
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  • Explosões no Líbano e o serviço secreto de Israel
    Sep 19 2024
    A quarta-feira (18) foi marcada por uma série de explosões de walkie-talkies no Líbano, com dezenas de mortes e centenas de feridos. Na véspera, o país já tinha vivido um dia de terror, quando 3 mil pagers de integrante do grupo Hezbollah também explodiram, deixando mortos e feridos. Os dois dias de explosões em série apontam para Israel – mais precisamente ao serviço de inteligência Mossad, responsável por ações que parecem cena de filme. Para entender o que se sabe sobre as ações em solo libanês e o modus operandi do serviço secreto israelense, Julia Duailibi conversa com o jornalista Guga Chacra. Comentarista da Globo e da GloboNews e colunista do jornal O Globo, Guga relembra outras ações do Mossad. Ele explica ainda as consequências do que Israel diz ser uma “nova fase” do conflito contra o Hezbollah e o que esperar do conflito no Oriente Médio nos próximos dias.
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  • Superquarta: juros em direções opostas no Brasil e nos EUA
    Sep 18 2024
    O dia é de expectativa no mundo inteiro. O Fed, banco central americano, deve reduzir a taxa de juros por lá depois de mantê-la no nível mais alto das últimas duas décadas (entre 5,25% e 5,5% ao ano) por 14 meses. A decisão reverbera na economia global, e impacta no preço do dólar e no fluxo dos investimentos – o Brasil é um dos países que pode se beneficiar. Aqui, no entanto, a expectativa é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie alta de 0,25% ou 0,50% na Selic, atualmente em 10,50% ao ano – taxa que faz do Brasil o país com o terceiro maior juro real do mundo. Neste episódio, o convidado de Natuza Nery é Sergio Lamucci, editor-executivo do jornal Valor Econômico. Ele explica a tentativa da autoridade monetária dos EUA de realizar um “pouso suave” na taxa de juros. Lamucci também apresenta os impactos positivos e negativos de uma Selic ainda mais alta e comenta as expectativas do mercado para a próxima gestão do Banco Central – que deve ser presidido por Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária da autarquia.
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  • Cadeirada e xingamentos: a política no fundo do poço
    Sep 17 2024
    No debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pela TV Cultura, Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB) protagonizaram uma das cenas mais absurdas da história recente da política brasileira: Marçal acusou Datena de ser estuprador, e o tucano reagiu com uma agressão física, atingindo o candidato do PRTB com uma cadeirada. É o momento mais baixo de uma campanha que já registrou diversas ofensas e xingamentos entre os candidatos. “É um radicalismo e uma truculência que estão crescendo em todo o mundo”, afirma Fernando Abrucio, doutor em ciência política pela USP, professor da FGV-SP e colunista do jornal Valor Econômico. Convidado de Natuza Nery neste episódio, Abrucio alerta para a crescente radicalização que já ultrapassa as barreiras da política e atinge a sociedade como um todo – fomentada pelas redes sociais, onde candidatos “usam essa lógica para lacrar e ganhar força”. Abrucio enumera ainda outros fatores que levaram o debate político ao fosso da civilidade: a desconexão da classe política das "urgências” da vida real dos cidadãos; a ineficácia do combate às mentiras e às fake news; e o crescimento de quadros extremistas e autodeclarados políticos “antissistema”.
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  • O voto de olho na crise do clima
    Sep 16 2024
    Dia 6 de outubro, quase 156 milhões de eleitores poderão escolher prefeitos e vereadores, responsáveis pelas políticas públicas nas cidades. Diante de tantos eventos extremos – caso da trágica enchente no Rio Grande do Sul, da estiagem histórica em quase todo território nacional e dos incêndios devastadores em pelo menos quatro biomas brasileiros – a pauta climática é cada vez mais importante, mas segue escondida na maioria das campanhas e dos debates entre candidatos. Neste episódio, para explicar as responsabilidades dos municípios sobre a crise do clima e mostrar o que são as boas práticas para a área ambiental, Natuza Nery recebe dois convidados: Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, rede formada por 120 organizações da sociedade civil, e Rodrigo Iacovini, doutor em planejamento urbano e regional e diretor do Instituto Pólis.
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  • Atualização: Horário de Verão - uma cortina de fumaça?
    Sep 15 2024
    No episódio “Horário de verão: uma cortina de fumaça?”, publicado na sexta-feira, 13 de setembro, o professor Nivalde de Castro se posicionou contra o horário de verão, baseado no relatório de 2021 do Operador Nacional do Sistema, o ONS. No sábado, 14 de setembro, Nivalde buscou a produção de O Assunto para mudar sua posição. Nivalde diz, agora, que considera o horário de verão uma medida eficaz, depois de ser procurado pela direção do ONS. Nivalde diz que errou ao inverter dois dados: o horário de pico de consumo de energia elétrica e o horário de pico de calor. O professor explica que, a partir das 14 horas, a demanda de energia elétrica cresce de forma contínua até as 19 horas – horário do pico de consumo. Ele justifica que, com o horário de verão, esse pico será antecipado para as 18 horas, e, assim, será possível gerar mais energia solar e reduzir um pouco o uso das usinas hidrelétricas.
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  • Horário de verão: uma cortina de fumaça?
    Sep 13 2024
    A estiagem recorde e o risco de uma crise hídrica sem precedentes colocaram a ideia em debate mais uma vez. A medida de adiantar os relógios em 1 hora para estimular o uso de luz natural foi implementada pela primeira vez quase um século atrás e fez parte do calendário fixo dos brasileiros entre 1985 e 2019. O horário de verão foi abandonado porque, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), deixou de ser eficiente para economizar energia. Mesmo assim, o Ministério de Minas e Energia insiste em trazê-lo de volta e pediu novo estudo sobre sua viabilidade – ao mesmo tempo em que a Aneel muda a bandeira tarifária da energia elétrica, ou seja, eleva o preço da conta de luz. Para discutir a relevância do horário de verão e as estratégias nacionais para a matriz energética, Natuza Nery entrevista Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel).
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  • Brasil irrespirável e as incoerências do governo Lula
    Sep 12 2024
    Quando assumiu, o presidente prometeu que o país seria líder no enfrentamento à crise climática e alcançaria o desmatamento zero na Amazônia. Na atual gestão, de fato, houve mais investimentos para a proteção do meio-ambiente. Mas a onda de queimadas e de fumaça que atinge grande parte do território brasileiro mostra que não é o suficiente. Em um contexto de estiagem recorde, temperaturas altíssimas e incêndios criminosos, quase todos os biomas estão sendo engolidos pelo fogo e milhões de brasileiros sofrem com um ar quase impossível de respirar. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com Suely Araújo, ex-presidente do Ibama e coordenadora de políticas públicas no Observatório do Clima, sobre o que o governo pode fazer. Julia fala também com Carlos Nobre, cientista do Instituto de Estudos Avançados da USP e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, que alerta para o risco de uma catástrofe permanente.
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