• A crise climática vista de perto
    May 10 2024
    “O que aconteceu no Rio Grande do Sul pode acontecer com qualquer um de nós, em qualquer lugar”, sentencia a jornalista Ana Paula Araújo, em conversa com Natuza Nery neste episódio. Apresentadora do Bom dia Brasil, da TV Globo, Ana Paula relata as semelhanças da tragédia no Estado com a testemunhada por ela em 2011, na região serrana do Rio de Janeiro. “Ver de perto dá outra dimensão do tamanho da tragédia”, relata Ana Paula, ao falar sobre como é testemunhar com os próprios olhos os efeitos dos eventos extremos provocados pelas mudanças climáticas no planeta. “É um cenário de guerra, com tudo alagado para todos os lados”, descreve. Participa também deste episódio o jornalista Ernesto Paglia, autor do documentário “3xÁrtico: o alerta do gelo”, que, em um intervalo de 30 anos, observou as mudanças na paisagem e na vida da Groenlândia que evidenciam o derretimento das camadas de gelo na região. Ao listar países e cidades afetadas pelo aumento do nível dos oceanos, Paglia fala da instabilidade climática espalhada pelo planeta e como a natureza “joga na nossa cara” que todos estamos expostos a eventos extremos.
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  • As crianças na catástrofe do Rio Grande do Sul
    May 9 2024
    Em meio a uma tentativa de resgate no último sábado (4), na cidade gaúcha de Canoas, uma família com quatro crianças foi resgatada em um bote. Cheia, a embarcação virou, as pessoas foram socorridas, mas Agnes, de apenas 7 meses de vida, acabou separada da família, segundo relato da mãe, Gabrielli. A história foi contada ao Assunto pela própria Gabrielli, no quarto dia sem notícias da filha. Um depoimento que joga luz em um dos tantos dramas da tragédia do Rio Grande do Sul: as dezenas de crianças separadas de suas famílias. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Daniela Mombach, psicóloga que trabalha como voluntária em abrigos de Porto Alegre e desenvolveu um projeto para tentar reconectar crianças e suas famílias. E também Jeferson Leon Machado da Silva, presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul.
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    32 mins
  • A vida na Porto Alegre colapsada
    May 8 2024
    Sem luz, sem água, sem abastecimento: “é um cenário desesperador”, relata a jornalista Kelly Matos em conversa com Natuza Nery neste episódio. Moradora de Porto Alegre, a apresentadora e repórter da Rádio Gaúcha descreve a vida na capital em meio à tragédia histórica que devastou o Rio Grande do Sul. Kelly descreve a situação na cidade, e compara o cenário ao da pandemia: “supermercados começaram a limitar a quantidade de produtos por pessoa, porque não tem para todo mundo”. A jornalista fala do medo de saques e violência em meio ao resgate de atingidos. “Está todo mundo devastado”, conta, ao lembrar dos pedidos de ajuda que tem recebido. Mais de uma semana depois do início dos temporais, Kelly fala como a população está “no epicentro da tragédia” e como muitas ruas da capital só podem ser acessadas de barco. Ela relata ainda o medo de ouvir o barulho da chuva: “o barulho da chuva é gatilho para mais um evento que vai nos causar dor”.
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  • O descaso da política com a crise climática
    May 7 2024
    O cenário é devastador: cidades inteiras debaixo d’água, mais de 80 mortos, mais de uma centena de desaparecidos e milhares de desabrigados. A tragédia sem precedentes no Rio Grande do Sul é exemplo de como mudanças na legislação ambiental e a falta de repasses para prevenção potencializam os danos provocados pelos eventos climáticos extremos. Para entender o que mudou na legislação e contribuiu para o maior desastre ambiental da história do Estado, Natuza Nery conversa com Suely Araújo, urbanista e coordenadora de políticas públicas no Observatório do Clima. Suely relembra como a bancada parlamentar do RS tem histórico de votação para reduzir a proteção ambiental. Ela pontua como “regras ambientais ajudam a produção [agrícola] a se manter mais sustentável”, e ressalta como planos de prevenção precisam “sair da gaveta”. Participa também Gil Castello Branco, diretor-presidente da associação Contas Abertas. A pedido de O Assunto, Gil apresenta um estudo sobre como as emendas de parlamentares gaúchos foram usadas em 2024 para prevenir desastres climáticos. “A parte relativa à prevenção e recuperação de desastres é muito pequena”, afirma. Gil analisa a necessidade de integração permanente entre governo federal, estadual e municípios para além de momentos de urgência.
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    42 mins
  • Almirante Negro: o debate sobre o heroísmo de João Cândido
    May 6 2024
    Em 1910, João Cândido Felisberto liderou a Revolta da Chibata, um levante contra a aplicação de castigos físicos aos marinheiros, em sua maioria negros, e virou referência para o movimento negro. Mais de 100 anos depois, um projeto de lei tenta incluir o marinheiro, conhecido como Almirante Negro, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria – ao lado de nomes como Zumbi dos Palmares, Zilda Arns e Chico Mendes. O texto já foi aprovado no Senado, mas enfrenta resistências na Câmara dos Deputados. Em abril, o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, enviou carta à Comissão de Cultura da Câmara com críticas ao projeto. O documento diz que "além do justo pleito de revogação da prática repulsiva do açoite", os marinheiros que participaram da revolta "buscavam, deliberadamente, vantagens corporativas e ilegítimas", e que "[...] resta notável diferença entre reconhecer um erro e enaltecer um heroísmo infundado". Neste episódio, Natuza Nery conversa com o jornalista Bernardo Mello Franco, colunista do jornal "O Globo" e comentarista da rádio CBN, sobre o debate no Congresso em torno do heroísmo de João Cândido e os significados da carta assinada por Olsen. Também participa o historiador Álvaro Pereira do Nascimento, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, que explica o papel da Revolta da Chibata para a modernização da Marinha e fala sobre a importância da figura de João Cândido.
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  • A catástrofe climática no Rio Grande do Sul
    May 3 2024
    Oito meses atrás, as cidades do Vale do Taquari, no interior do estado, foram destruídas por temporais e enchentes: mais de 50 pessoas morreram e mais de 2 mil seguem esperando a construção de moradias. Agora, as chuvas intensas estão ainda mais fortes, atingem a mais cidades gaúchas e causam uma tragédia que caminha para ser ainda pior. Até a noite de quinta-feira (2), a Defesa Civil já registrava mais de 30 mortes e mais de 15 mil pessoas fora de suas casas, em abrigos ou totalmente desalojadas; pelo menos 134 municípios foram afetados e muitos deles estão isolados, sem acesso pelo céu (devido às chuvas) ou pelo chão (rodovias estão intransitáveis). Na Serra Gaúcha, uma barragem foi rompida pela força da água. Na capital, Porto Alegre, há alerta para o risco de o rio Guaíba transbordar. O estado decretou calamidade pública. Neste episódio, o Vítor Rosa, repórter da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, conversa com Natuza Nery diretamente de Candelária, uma das cidades mais afetadas – ele conta o drama vivido pelos moradores e relata a história de um resgate emocionante. Participa também Cesar Soares, meteorologista da Climatempo, que explica por que a região Sul do país corre mais risco de sofrer com novos eventos climáticos extremos.
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  • Madonna, a rainha do pop e da reinvenção
    May 2 2024
    São 40 anos de hits, barreiras quebradas e influência na música, na moda, no comportamento e na cultura. Em 4 décadas de carreira, Madonna se reinventou em muitas: foi símbolo sexual, rebelde, dançarina, atriz, espiritualizada... Com uma história de números superlativos, a cantora está no Brasil para fazer o maior show de sua história. Para entender como Madonna se tornou a maior estrela do pop de todos os tempos, Natuza Nery conversa com Braulio Lorentz, editor de Pop&Arte do g1, e com Dudu Bertholini, estilista e comunicador de moda. Braulio explica como Madonna é “completa”, e foi pioneira ao fazer “shows performance”, com trocas de figurino, dezenas de dançarinos e coreografias – movimento depois copiado por nomes como Beyoncé e Taylor Swift. Braulio fala também como a cantora também foi das primeiras artistas a levantar discussões sobre a liberdade sexual feminina e a comunidade LGBT: “além de ser música para dançar, é música para pensar”, diz. Fã de Madonna desde criança, Dudu Bertholini fala da influência da cantora na moda e no comportamento, principalmente como símbolo da comunidade LGBT. “Madonna foi revolucionária e tem papel crucial” ao defender a liberdade sexual e diferentes identidades de gênero. Dudu destaca como a trajetória da cantora atravessa fatos históricos e agora cruza com a discussão sobre o etarismo: “Madonna é um exemplo de como ser a melhor versão de você em cada idade”. Ele conta ainda como foram as duas vezes em que esteve lado a lado com a diva pop.
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  • Senna: os 30 anos da morte, com Galvão Bueno
    May 1 2024
    Há 30 anos, o Brasil vivia a morte de um de seus maiores ídolos. Ayrton Senna morreu no dia 1° de maio de 1994, quando entrou na pista pela última vez — o piloto bateu a mais de 200 km/h na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. Um fim de semana marcado por acidentes — no dia anterior, o austríaco Ratzenberger morreu, o que deveria ter cancelado o GP; dois dias antes, foi Rubinho Barrichello quem precisou ser socorrido, como rememora Galvão Bueno em conversa com Natuza Nery. Galvão relembra a trajetória gloriosa de Senna: três títulos mundiais, dezenas de provas vencidas e uma legião de admiradores por onde passou. Voz das grandes vitórias de Senna, Galvão tornou-se amigo do piloto e comandava a transmissão do dia do acidente. Ele narra os acontecimentos de 30 anos atrás e fala sobre o grande legado do maior piloto do automobilismo brasileiro.
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    36 mins