Episodios

  • A pressão por netos: até que ponto isso é aceitável?
    Dec 9 2025

    A cena é comum e parece até doce: uma mãe dizendo que “sonha em ser avó”. Mas, quando esse sonho invade o espaço da filha, do filho... a conversa muda de tom. No episódio desta terça (09), nossa bancada destrincha esse tema que mexe com gerações inteiras. A frase recente da Xuxa, revelando o desejo de ter um neto, reacende o debate: existe o tempo de quem deseja… e o tempo de quem seria responsável por realizar esse desejo.


    Quantas mulheres não enfrentam o famoso “E aí, quando vem o bebê?”, como se maternidade fosse checklist obrigatório? Namorou, tem que noivar. Noivou, tem que casar. Casou, tem que ter filho. Filhou, tem que ter outro. Uma sequência automática que ignora desejos próprios, planos pessoais e até o simples fato de que nem toda mulher quer ou pode ser mãe.

    E quando a filha não quer ter filhos? Ou quando isso é íntimo demais para virar brincadeira de sobremesa no almoço de domingo? A pressão, por mais embrulhada em carinho que venha, pode machucar. Pode gerar culpa, conflito, ansiedade. Pode ultrapassar limites que deveriam ser sagrados.

    A pergunta que fica é: quando esse pedido é expressão de amor e quando vira egoísmo disfarçado? Como colocar limites sem romper laços importantes? E como quebrar essa tradição que empurra as mulheres para ciclos que deveriam acontecer apenas por vontade própria?

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    1 h y 3 m
  • A diferença entre o remédio e o veneno está na dose: os danos ao organismo dado consumo excessivo de suplementos e vitaminas
    Dec 8 2025

    Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2024 foram registradas 240 notificações de efeitos adversos causados por suplementos vitamínicos, sendo 28% deles graves. No mesmo período, mais de 62 mil anúncios irregulares foram removidos da internet - destes suplementos. A indústria movimenta mais de R$ 4 bilhões por ano no Brasil e muitos desses produtos são vendidos sem qualquer comprovação científica.


    Casos como o da empresária baiana, Perinalva Dias, que ficou 28 dias em coma após intoxicação por vitamina D, acendem o alerta sobre a banalização do uso dessas substâncias.

    Qual o procedimento para lidar com a intoxicação de vitaminas se cada uma se difere da outra dado seu grupo de nutrientes? Como saber que o excesso de uma específica está sendo a razão para o colapso na saúde de alguém? É só interromper o uso? É possível ter sequelas de uma ‘auto suplementação’? O que essa febre por “soros da imunidade” e megadoses de vitaminas revela sobre a nossa relação com o corpo e com a saúde? A gente prefere comprar polivitamínicos a comer bem? Até onde vai a responsabilidade das clínicas que vendem “soro milagroso” sem respaldo científico?

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    1 h y 4 m
  • 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a AIDS - estamos mais próximos da cura?
    Dec 1 2025

    Esta segunda-feira, primeiro de dezembro, é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A data conversa diretamente com saúde pública e, por isso, nada mais natural do que repercutirmos no Interessa esse tema tão urgente e tão cheio de contrastes no Brasil.


    No combate ao HIV, o país avança com força: os antirretrovirais distribuídos pelo SUS transformaram o vírus em uma condição controlável, e quando a pessoa atinge a famosa carga viral indetectável, praticamente zera a chance de transmissão - reforço do Ministério da Saúde. Os números de Belo Horizonte mostram isso na prática: queda de quase 14% nos diagnósticos entre 2023 e 2024. Em Minas Gerais, a curva também desce entre jovens de 20 a 34 anos, segundo a SES-MG. Mas a mesma estatística acende outro alerta: sete bebês foram infectados no último ano, todos com menos de um ano de idade, maior número desde 2020.

    Enquanto isso, a corrida pela cura segue acelerada. Na Alemanha, pesquisadores identificaram anticorpos “superpotentes”, como o 04_A06, capazes de neutralizar mais de 98% das variantes analisadas em laboratório - achados destacados pela Nature e pela Sociedade Brasileira de Infectologia. O Brasil também brilha no cenário mundial com um estudo da Unifesp, liderado por Ricardo Sobhie Diaz, que combina antirretrovirais tradicionais com três medicamentos extras para acordar o vírus escondido nos chamados “reservatórios virais” - gânglios, mucosas, sistema nervoso. Esses esconderijos são o grande problema: o HIV fica ali, quietinho, esperando o tratamento parar para voltar à ativa. A abordagem brasileira tenta revelar esse vírus camuflado e ensinar o corpo a destruí-lo. A ousadia científica ganhou destaque em publicações como The Lancet HIV.

    Mas quando olhamos para o comportamento humano… a história fica menos linear. BH registra queda nas infecções? Sim. Ao mesmo tempo, no Brasil, a cada 15 minutos alguém é infectado (Unaids). A PrEP e a PEP avançam? Sim. Mas Minas também viu nascer mais bebês soropositivos nos últimos quatro anos. O que explica tantos cenários diferentes? Estamos mais perto da cura, mas também mais longe da prevenção? As falhas no pré-natal ainda justificam o nascimento de crianças com HIV? E, principalmente: como evitar que a história siga se repetindo?

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    59 m
  • ‘Shreking’: fenômeno explica o que leva pessoas ‘bonitas’ a namorarem pessoas ‘feias’
    Nov 27 2025

    Quem não se lembra - gostando dela ou não - de como a galera foi a loucura nas redes sociais quando Selena Gomez assumiu seu relacionamento com Benny Blanco? Desde 2023, o produtor musical e compositor mal pode sorrir que vira assunto. Tem gente que faz comentários de todo o tipo - maldosos, inclusive, dando conta de que Selena fez caridade; tem quem jure que foi trauma pós-Justin Bieber, e outros cravam que Selena “adotou um feio” para se resguardar emocionalmente. A internet é implacável e cruel. E esse universo de especulações levou o termo “shreking” a ganhar força: quando alguém “fora do padrão de beleza” conquista alguém considerado “muito bonito”.


    E não é só com Selena. Virgínia Fonseca, influencers, anônimos - todo mundo vira meme quando o casal não parece visualmente “proporcional”. A narrativa é sempre parecida: “baixou a régua”, “foi buscar segurança”, “evitar ser traída”. Como se beleza garantisse caráter, e a falta dela garantisse fidelidade.

    No Interessa desta quinta-feira, Josiele Sena, psicóloga clínica e especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, conversa sobre o assunto com as nossas meninas. Ela ajuda a entender por que nos incomodamos tanto com escolhas amorosas alheias, por que idealizamos que “o feio é mais gente boa”, como o medo contamina decisões afetivas e como esse rótulo, o do “feio da história”, bate na autoestima de quem o recebe.

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    1 h y 2 m
  • Divórcio energético: como deixar o passado no passado e viver o presente
    Nov 26 2025

    Sabe aquela sensação de ainda estar preso a alguém ou a alguma fase da vida que já acabou, mesmo depois de muito tempo? Especialistas explicam que, quando o passado insiste em se infiltrar no presente, pode ser hora de recorrer ao chamado Divórcio Energético, um processo que atua no campo emocional para desfazer laços que ficaram pendurados entre você e um ex, um parente, um trabalho, uma casa ou até um animal de estimação. A lógica é simples: se parte da sua energia ainda está investida em histórias antigas, fica difícil abrir espaço para o novo. É preciso soltar o velho para permitir a chegada do que faz sentido agora.


    Quem passa pelo processo costuma relatar sensação de vida destravando: portas que se abrem, relações que se reorganizam, decisões que ficam mais leves e um sentimento claro de encerramento como se finalmente tivesse chegado o “ponto final” que faltava.

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    No Interessa desta quarta-feira, quem ajuda as nossas meninas a responderem tudo acerca do processo é Cristina Camargo, terapeuta holística, psicóloga e Master de ThetaHealing pelo Instituto Think, com ampla experiência em atendimentos clínicos e grupos terapêuticos desde 1999. Ela explica como identificar escolhas atuais comandadas por dores antigas, como diferenciar saudade de amarra emocional, por que certos vínculos parecem impossíveis de romper e muito mais.

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    1 h y 3 m
  • Quando o vínculo existe só de um lado: ‘Parassocial’ é eleita a palavra do ano pelo Dicionário de Cambrige
    Nov 25 2025

    "Parassocial” foi eleita pelo Dicionário de Cambridge como a palavra do ano de 2025. O termo descreve relações unilaterais - com celebridades, personagens ou até inteligências artificiais - aquele sentimento de “quase amizade” com alguém que você nunca encontrou pessoalmente, mas acompanha tanto que parece da família... sabe? Acontece que alguém precisa avisar o famoso desse parentesco todo aí.


    A escolha não veio do nada. A própria plataforma divulgou que registrou um salto nas buscas pela palavra: cerca de 350 milhões de usuários e 1,5 bilhão de páginas acessadas, segundo o Cambridge. O pico de interesse aconteceu em agosto, quando o noivado de Taylor Swift mobilizou uma legião de fãs que reagiram como se fossem íntimos da cantora - o que reacendeu debates sobre o limite entre afeto genuíno e envolvimento parassocial. E esse fenômeno não é moderno: surgiu em 1956, quando pesquisadores da Universidade de Chicago observaram como telespectadores criavam sensação de intimidade com figuras da TV.


    O que mudou agora é o tamanho disso tudo. A exposição constante de influenciadores, a presença diária de inteligências artificiais e a dinâmica das telas potencializam essas conexões unilaterais. No Interessa, quem ajuda a bancada feminina a entender os limites entre idealização, fantasia e saúde emocional é o psicólogo Jailton Souza, que explica como essas relações afetam autoestima, comparação, identidade e até nossas escolhas no mundo offline.

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    59 m
  • A hora e a vez dos braços fortes!
    Nov 24 2025

    O tanquinho pode até continuar sendo o sonho de consumo de muita gente, mas quem realmente virou estrela nas academias foram os braços. Bíceps, tríceps e ombros estão vivendo seus dias de glória, numa tendência que cresce mundo afora. Portais internacionais como Women’s Health UK e Sydney Morning Herald apontam que o treino de superiores ganhou espaço não só por estética, mas por representar autonomia, funcionalidade e prevenção de problemas do dia a dia.

    E quais exercícios realmente constroem força global? Treinar braços ajuda a fortalecer o corpo todo? Entre elas, a ideia de que “levantar peso deixa a mulher masculina” ainda prevalece? A chamada “era dos braços” não fala sobre exibir músculos, mas sobre construir a força que sustenta a vida fora da academia, hoje e no futuro.

    No Interessa desta segunda-feira, quem ajuda nossas meninas a entender por que o treino de superiores deixou de ser opcional é a médica ortopedista Dra. Silvia Kobata. Ela explica como a perda muscular acelera com o tempo, de que forma a genética influencia (e até onde!) e por que ainda existe tanto medo de “ficar musculosa demais”.

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    1 h y 2 m
  • Na cama: em duas décadas, comportamento do brasileiro muda no sexo - mas... melhorou?
    Nov 21 2025

    Uma pesquisa, exibida pelo Fantástico, revisitou, duas décadas depois, o comportamento sexual no Brasil e revelou uma revolução silenciosa: a internet entrou sem pedir licença na intimidade. O estudo mostra que fazemos menos sexo do que em 2005, mas com mais duração e foco em preliminares.


    Outro ponto explosivo é o crescimento do sexo virtual. Ele ampliou caminhos para o prazer, mas também trouxe desafios: mais frustração na vida real, comparação com conteúdos online, medo de performance (que atinge 71% dos homens) e adiamento da iniciação sexual - hoje, 30% começam depois dos 19 anos.


    A pesquisa ainda mostra que 35% dos brasileiros já traíram, num cenário em que as fronteiras da infidelidade ficaram borradas entre curtidas, comentários, nudes e encontros virtuais.

    Nesta sexta, o Interessa recebe a sexóloga e terapeuta sexual, Renata Dietze, para ajudar a bancada feminina a responder: o que realmente mudou em duas décadas?

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    1 h y 3 m