Nesta segunda parte da conversa com o Fabinho, seguimos no esforço de escutar com atenção as camadas que compõem os relacionamentos entre homens. A conversa se aprofunda em temas como família, amizade, espiritualidade e os momentos de transição que atravessam a vida — mudanças de cidade, decisões sobre o futuro, vínculos que se reorganizam. Tudo isso aparece não como pano de fundo, mas como parte daquilo que sustenta, desafia e transforma as relações afetivas.

Sem buscar generalizações, deixamos que a conversa percorra os sentidos possíveis de estar junto: como se negocia o cotidiano, como se lida com expectativas vindas de fora e de dentro, como a cultura e o consumo também atravessam esses vínculos

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Nos relacionamentos contemporâneos, temos visto uma diversidade de rótulos e tipos de comportamento, que já discutimos nos episódios passados: o famoso ‘boy lixo’ e o ‘esquerdomacho’. Mas como esses comportamentos aparecem nas relações homoafetivas? No episódio de hoje, vamos conversar sobre como os relacionamentos homoafetivos também podem ser influenciados por padrões e rótulos.

Quando falamos de relacionamentos amorosos, cada experiência traz suas particularidades, e as dinâmicas dentro de um relacionamento homoafetivo são igualmente profundas e complexas. Muitas vezes, esses relacionamentos enfrentam questões únicas, que vão desde desafios externos, como o preconceito e a falta de representatividade, até questões internas, como as pressões e expectativas geradas por um contexto social que nem sempre apoia essas relações.

Vamos discutir como um relacionamento homoafetivo pode ser influenciado por elementos externos, como o consumo de estereótipos e ideias sobre masculinidade, além dos desafios e as recompensas de uma relação longa e comprometida entre dois homens.

Nesse segundo episódio ou melhor a segunda parte do episódio 1, seguimos a conversa iniciada: os comportamentos masculinos nos relacionamentos contemporâneos continuam em pauta — mas agora abrimos espaço também para olhar para nós, mulheres.

Com a Elisa de volta, refletimos sobre como esses padrões afetam nossas experiências afetivas, nossos desejos, nossasexpectativas e sobre os papéis que acabamos ocupando (ou questionando) nesse cenário e como isso se interlação ao consumo! Se cada vivência é única, as contradiçõestambém são. E é nesse emaranhado que a conversa acontece: sem respostas prontas, mas com escuta, provocação e troca.

Vem com a gente continuar esse papo!

Nos relacionamentos contemporâneos, termos como "boy lixo" e "esquerdomacho" têm ganhado destaque ao descrever tipos específicos de comportamentos masculinos.

O "boy lixo" representa o homem que, em suas relações, é emocionalmente irresponsável e descartável, aproveitando-se do consumo rápido e superficial de conexões amorosas, alimentado pela cultura moderna do "swipe" e das redes sociais. Ele busca satisfação pessoal sem se preocupar com os sentimentos alheios.

Já o "esquerdomacho" veste a máscara de aliado progressista, utilizando discursos feministas e politicamente corretos para ganhar aprovação social, mas, na prática, perpetua o machismo e se beneficia dos privilégios patriarcais.. Essas figuras se chocam diretamente com o ideal do amor romântico, um conceito enraizado na cultura ocidental que promete vínculos profundos, duradouros e baseados em sacrifícios mútuos.

O amor romântico, porém, também é um produto cultural que muitas vezes reforça expectativas irreais…. E ai? Boy Lixo? Esquerdo macho? E a parte que cabe a nós mulheres? Vem comigo discutir essas questões, com um olhar da cultura e consumo.