Episodios

  • #16.1 - Vidas Secas - Graciliano Ramos
    Jun 11 2025

    Nesse episódio do Literatura Miojo tratamos a obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, publicada em 1938 e considerada um dos maiores romances do modernismo brasileiro da segunda fase. A narrativa acompanha uma família de retirantes — Fabiano, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cadela Baleia — que luta para sobreviver à seca e à miséria no sertão nordestino.

    Escrito em linguagem seca, direta e marcada por frases curtas, o livro expressa a aridez não apenas do ambiente, mas também da vida e dos sentimentos dos personagens. O enredo é fragmentado em capítulos que funcionam quase como contos, cada um focado em uma personagem ou situação.

    A obra retrata a desumanização causada pela pobreza extrema, pela injustiça social e pela ignorância imposta por um sistema opressor. Vidas Secas é, ao mesmo tempo, um retrato regional e uma denúncia universal da exclusão social, marcada pela luta silenciosa e resignada por dignidade.

    Curtiu? Então procure a obra original e experimente a leitura completa. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

    Más Menos
    5 m
  • #15.1 - Macunaíma - Mário de Andrade
    Jun 10 2025

    Nesse episódio do Literatura Miojo tratamos a obra Macunaíma, de Mário de Andrade, publicada em 1928 e considerada uma das maiores expressões do modernismo brasileiro. Subtitulada “o herói sem nenhum caráter”, a narrativa acompanha a trajetória de Macunaíma, um anti-herói indígena nascido na selva amazônica que, após perder um amuleto mágico (o muiraquitã), parte em uma jornada até São Paulo para recuperá-lo.

    A obra mistura lendas indígenas, mitos africanos, elementos da cultura popular e crítica social, revelando a complexa formação cultural do Brasil. Com linguagem inovadora, repleta de neologismos e regionalismos, Macunaíma quebra com os padrões clássicos da literatura, valorizando a oralidade e a diversidade linguística do país.

    A figura do protagonista representa a multiplicidade do povo brasileiro: astuto, preguiçoso, contraditório e mágico. Ao final, Macunaíma retorna à floresta e se transforma em uma constelação, encerrando a epopeia com tom mítico e simbólico.

    Curtiu? Então procure a obra original e experimente a leitura completa. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

    Más Menos
    6 m
  • #14.1 - Dos Delitos e das Penas - Cesare Beccaria
    Jun 9 2025

    Nesse episódio do Literatura Miojo tratamos a obra Dos Delitos e das Penas, de Cesare Beccaria, publicada em 1764. Considerada um marco do Iluminismo e da formação do Direito Penal moderno, a obra é uma crítica contundente ao sistema penal arbitrário e violento da época, defendendo um modelo mais racional, justo e humano.

    Beccaria argumenta que as leis devem ser claras, públicas e criadas para proteger os direitos e a segurança dos cidadãos. Ele condena práticas como a tortura, usada para obter confissões, e a pena de morte, considerada ineficaz e moralmente injustificável. Para ele, a finalidade da pena não é a vingança, mas a prevenção do crime, por meio da certeza e da rapidez do castigo, e não da sua severidade.

    A obra também destaca a importância da proporcionalidade entre o delito e a pena, da legalidade estrita (nenhum crime sem lei anterior) e da garantia de defesa para os acusados. Ao defender esses princípios, Beccaria antecipou ideias centrais do Estado de Direito e dos direitos humanos.

    Dos Delitos e das Penas influenciou profundamente as reformas penais na Europa e nas Américas, e até hoje é uma leitura fundamental nas áreas de Direito, Filosofia e Ciências Sociais.

    Curtiu? Então procure a obra original e experimente a leitura completa. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

    Más Menos
    7 m
  • #27.1 - O Idiota - Fiódor Dostoiévski
    Jun 8 2025

    Nesse episódio do Literatura Miojo, mergulhamos em O Idiota, de Fiódor Dostoiévski. Publicado em 1869, o romance acompanha o príncipe Míchkin, um homem bondoso e ingênuo, visto como “idiota” pela sociedade russa corrompida e cínica do século XIX. Ao retornar da Suíça, onde tratava a epilepsia, Míchkin se envolve com dois polos opostos: a virtuosa Agláia e a atormentada Nastássia Filíppovna. A obra reflete sobre moral, loucura e a impossibilidade de pureza num mundo violento.
    Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

    Más Menos
    6 m
  • #17.3 - Por que a Guerra - Cartas entre Einstein e Freud
    Jun 7 2025

    Nesse episódio do Literatura Miojo, conhecemos o diálogo “Por que a guerra?”, entre Einstein e Freud, escrito a convite da Liga das Nações. Einstein questiona se seria possível eliminar as guerras. Freud responde com uma análise psicanalítica: a guerra é expressão da pulsão de morte, força destrutiva presente no ser humano. Para ele, a cultura e o direito tentam conter essa pulsão, mas não a eliminam. O caminho para a paz está na valorização da razão, da educação e do fortalecimento das instituições jurídicas.
    Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

    Más Menos
    9 m
  • #Apresentação 2
    Jun 7 2025

    Aproveite e conheça um pouco das grandes obras da literatura em pequenas porções diárias.

    Após o conhecimento prévio procure a obra completa e efetue a leitura.

    Este é o objetivo do Literatura Miojo.

    Más Menos
    1 m
  • #22.1 - Os Lusíadas - Luís de Camões
    Jun 6 2025

    Nesse episódio do Literatura Miojo tratamos a obra Os Lusíadas, de Luís de Camões, a mais importante epopeia da literatura portuguesa, publicada em 1572. Escrita em versos decassílabos e dividida em 10 cantos, a obra exalta os feitos heroicos do povo português, especialmente a viagem de Vasco da Gama rumo às Índias, marco da expansão marítima de Portugal.

    A narrativa começa com a tradicional invocação às musas e segue com a proposição do tema: enaltecer os “Ilustres Lusitanos”, heróis da pátria. A epopeia se desenvolve em dois planos: o histórico, que relata a viagem de Vasco da Gama ao Oriente, e o mitológico, onde deuses greco-romanos como Vênus e Marte interferem no destino dos navegadores.

    Durante a viagem, são narrados episódios importantes da história de Portugal, como a fundação do reino, batalhas contra mouros e as conquistas ultramarinas. A obra intercala momentos épicos com reflexões filosóficas, críticas sociais e descrições da natureza e das culturas encontradas pelos portugueses.

    No final, como prêmio pela coragem e determinação dos navegadores, a deusa Tétis oferece a Vasco da Gama uma visão simbólica do futuro glorioso de Portugal, no episódio conhecido como “Ilha dos Amores”.

    Os Lusíadas é mais do que uma celebração das conquistas marítimas: é também uma profunda meditação sobre a identidade nacional, o heroísmo e o papel de Portugal no mundo. Com sua linguagem rica e erudita, Camões inscreve os feitos portugueses na tradição das grandes epopeias da humanidade.

    Curtiu? Então procure a obra original e experimente a leitura completa. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

    Más Menos
    5 m
  • #10.1.B - Eneida - Virgílio
    Jun 5 2025

    Apenas um segundo ponto de vista.

    Nesse episódio do Literatura Miojo tratamos a obra Eneida, de Virgílio, poema épico romano escrito entre 29 a.C. e 19 a.C., considerado a mais importante epopeia da literatura latina. A obra narra a jornada do herói troiano Eneias, um dos poucos sobreviventes da destruição de Troia, escolhido pelos deuses para fundar uma nova pátria na Itália — origem mítica do povo romano.

    Dividida em 12 livros, a Eneida começa in medias res, com Eneias já em viagem. Ele conta, no Livro II, como os gregos enganaram os troianos com o famoso Cavalo de Troia, levando à ruína da cidade. Foge com seu pai Anquises, seu filho Ascânio e os deuses domésticos, enfrentando no caminho naufrágios, monstros e perdas.

    A jornada de Eneias é marcada por provações físicas e morais. Em Cartago, ele vive um amor com a rainha Dido, mas abandona-a por ordem dos deuses, o que leva Dido ao suicídio. Mais tarde, no Livro VI, ele desce ao mundo dos mortos, onde vê o espírito de Dido e recebe uma visão do futuro glorioso de Roma, incluindo o império de Augusto.

    Ao chegar à Itália, Eneias precisa lutar contra os povos locais para cumprir seu destino. A guerra finaliza com o duelo entre Eneias e Turno, líder dos rútulos. Eneias vence e, ao matar Turno, sela o início do futuro povo romano.

    A Eneida é, ao mesmo tempo, um poema heroico, político e espiritual, que busca legitimar a origem divina de Roma e exaltar os valores romanos — como o dever, a coragem e a obediência ao destino. Com forte influência homérica, a obra também marca o auge da literatura clássica latina.

    Curtiu? Então procure a obra original e experimente a leitura completa. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

    Más Menos
    5 m
adbl_web_global_use_to_activate_webcro805_stickypopup