Neste episódio do "Podcast Sem Fronteira", conversamos com o professor Kinsey Pinto, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), sobre a importância dos afetos e da subjetividade no ensino de Geografia.

Iniciamos o diálogo com uma provocação necessária: por que a Geografia, que tradicionalmente buscou uma objetividade, precisa hoje falar sobre emoções? A conversa avança para a intersecção entre Geografia, Educação e Neurociência, explorando como o cérebro processa a aprendizagem do espaço e qual o papel das emoções na construção de um conhecimento geográfico duradouro.

Discutimos também a sala de aula como um "espaço afetivamente carregado" e o impacto disso na identidade do professor. Kinsey reflete sobre como docentes podem gerir essa "geografia emocional". Por fim, o convidado compartilha caminhos e referências para pesquisadores interessados nessa abordagem inovadora.

#psemfronteira

Neste episódio do "Podcast Sem Fronteira", conversamos com a professora Talita Fernandes Gonçalves sobre a rua não apenas como espaço de passagem, mas como território de vida e resistência.

Começamos definindo quem é a população em situação de rua no Brasil, debatendo a invisibilidade e os preconceitos que cercam esses sujeitos. A conversa avança para a construção epistemológica da rua, onde Talita nos apresenta o conceito de "Rualogia" e a importância do conhecimento sofrido na pele, construído em parceria com quem vive essa realidade.

Discutimos também a rua como paisagem e potência de vida, além de um recorte específico sobre as mulheres: quais estratégias elas desenvolvem para reivindicar o direito ao corpo e à cidade? Por fim, a convidada compartilha sugestões de leituras e caminhos para jovens pesquisadores interessados no tema.

#psemfronteira #divulgaçaocientífica

Neste episódio do "Podcast Sem Fronteira", conversamos com a professora Carla Hirt, docente do IPPUR/UFRJ, sobre a intrínseca relação entre neoliberalismo, financeirização e políticas públicas.

Iniciamos o diálogo definindo os conceitos fundamentais de neoliberalismo e financeirização, identificando os principais marcos históricos que influenciaram esses processos no contexto brasileiro. Discutimos o papel do Estado nessa conjuntura e analisamos os modelos de desenvolvimento que estão atualmente em disputa no país.

Carla destaca que a financeirização contemporânea se caracteriza pelo fato de os agentes capitalistas passarem a ‘preferir’ a liquidez - uma parcela incomumente grande de seus recursos tende a permanecer sob forma "líquida” - ao invés de “imobilizarem” as mesmas em investimentos de perfil produtivo. Neste momento histórico, há o crescimento mais acelerado da riqueza financeira do que da riqueza real. Neste processo,o K (capital) portador de juros (remuneração da propriedade do capital) e K fictício (direito que os proprietários de títulos têm sobre o valor futuro a ser gerado) se caracterizam pela externalidade em relação à produção efetiva de “valor”. O processo de acumulação passa a ser dominado por imperativos rentistas que predominam sobre o capital como relação de produção (K-K' > K-M-K').

A conversa avança para o impacto desses processos na produção do espaço urbano e como a neoliberalização tem contribuído para a ampliação das desigualdades sociais. Por fim, Carla reflete sobre as contradições evidenciadas na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, debatendo como essas disputas se materializam no contexto escolar e na atuação dos movimentos sociais.

#psemfronteira #divulgaçaocientifica