Fotógrafo brasileiro percorre gramados mundiais registrando momentos icônicos do esporte Podcast Por  arte de portada

Fotógrafo brasileiro percorre gramados mundiais registrando momentos icônicos do esporte

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Com mais de 20 anos de carreira como fotógrafo esportivo e quase 600 mil seguidores nas redes sociais, o brasileiro Ricardo Nogueira ajuda a contar a história do espetáculo do futebol. À beira do gramado, suas lentes já capturaram grandes jogadores do cenário internacional, como Messi, Mbappé, Vinicius Junior, Raphinha, entre outros. Renan Tolentino, da RFI, em Paris São anos acompanhando tantos gênios da bola que o olhar do fotógrafo já está treinado para perpetuar a imprevisibilidade de cada lance dentro de campo. "Assim como dizem que o craque consegue antever os movimentos da partida (...) o fotógrafo, de tanto conhecer o jogo, de tanto conhecer o jogador, consegue às vezes antever o movimento. Ele sabe, se o cara pega a bola em determinado lugar do campo, o que ele vai fazer, para onde vai virar, se vai lançar, se vai tocar curto. Então, o conhecimento do jogo e a prática constante da fotografia do futebol te faz ser um fotógrafo melhor. É nisso que eu penso no jogo", explica Ricardo. Baseado em Madri desde 2019, ele está acostumado a cobrir grandes eventos e compartilhar nas redes a rotina de um fotógrafo esportivo, entre viagens, jogos e, claro, muitos de seus cliques. “Minha rotina hoje se baseia principalmente na cobertura dos clubes na Espanha, como Real Madrid e Barcelona. Então, acaba envolvendo muitas viagens, para cobrir jogos dentro da Espanha e fora, quando começa a Liga dos Campeões. Também faço a cobertura da Seleção Brasileira, então tenho que viajar constantemente para a América do Sul, principalmente na época de eliminatórias de Copa”, conta. Mundial de Clubes e Champions na rota O fotógrafo brasileiro já visitou 42 países em coberturas esportivas e, recentemente, esteve nos Estados Unidos para registrar a primeira Copa do Mundo de Clubes da Fifa, vencida pelo Chelsea. "Foi uma boa cobertura, apesar de ter sido em um país tão grande como os Estados Unidos, o que às vezes prejudica um pouco essa nossa logística", explica. "Cobri jogos do Real Madrid, do Flamengo e do Palmeiras. Como foi a primeira [Copa do Mundo de Clubes], funciona como um teste para ver se tem um bom nível de aceitação e de interesse. Mas acho que veio para ficar", avalia o brasileiro. Ao longo de um mês de competição, Ricardo passou por seis cidades-sedes e percorreu cerca de 6 mil km no território norte-americano, registrando a mobilização das torcidas dentro e fora dos estádios, e os passos dos jogadores em campo. O fotógrafo conta que as longas distâncias e o forte calor foram adversários duros a serem driblados. Este ano, ele também esteve presente na final da Liga dos Campeões, que terminou com o Paris Saint-Germain conquistando o título pela primeira vez em sua história. “Essa foi a minha quarta final de Champions, desde que me mudei aqui para a Europa, em 2019. Posso dizer que foi a final que mais me surpreendeu", ressalta. "Todas as finais que fiz anteriormente tiveram jogos muito parelhos, definidos no detalhe. Mas essa foi uma final que logo no começo do jogo estava quase tudo definido", compara o fotógrafo. "Posso dizer que foi uma final mais tranquila de fazer a cobertura, porque quando o placar se define rápido, o fotógrafo também tem uma vida mais tranquila na hora de fazer sua edição, na hora de trabalhar durante o jogo”, recorda. Dos primeiros cliques às Olimpíadas Ricardo começou sua carreira em 2003 em Santos, no litoral de São Paulo. Inicialmente, a fotografia não estava nos planos, mas o brasileiro conta que o jogo virou depois que deu seus primeiros cliques, ainda na faculdade de jornalismo. “A princípio, não tinha interesse em fotografar, nunca pensei em ser fotógrafo. Na verdade, meu sonho sempre foi ser jogador de futebol. Acabei optando pelo jornalismo. Nos últimos anos da faculdade, estavam precisando de um fotógrafo no jornal laboratório do curso e me ofereci. Me entregaram uma câmera, dessas bem antigas, totalmente manual. E foi com ela que fiz os primeiros cliques. Aí despertou uma coisa em mim, percebi que seria uma área interessante para seguir”. Hoje, com quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas no currículo, ele contabiliza também momentos históricos em outros esportes além do futebol. Em Jogos Olímpicos, por exemplo, teve a oportunidade de registrar os últimos passos de duas lendas, o corredor Usain Bolt e o nadador Michael Phelps. "Cobri as Olimpíadas de 2016, no Rio, e agora fiz essas últimas Olimpíadas de 2024, em Paris. Você tem a possibilidade de ter contato com pessoas, fotógrafos e esportistas do mundo inteiro. Na Copa do Mundo, a gente se limitaria a 32 nacionalidades que você vai cobrir, mas nas Olimpíadas são mais de 100", reflete Ricardo. "Poder registrar alguns destes feitos foi sensacional. Tive a chance de fotografar a última corrida do Usain Bolt e a última Olimpíada do Michael Phelps", se orgulha o brasileiro. Depois de décadas de profissão e ...
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