Diários Migrantes

De: Ana França
  • Resumen

  • Kiran, Usman, Salima, Willy e Filomena: cinco diários contam as vidas em trânsito de cinco pessoas que o destino trouxe até Portugal. Aqui ouvimos uma adaptação das páginas que elas escreveram, sobre o seu passado e a experiência migratória, e que a associação 'Arquivo dos Diários' partilhou com o Expresso.

    'Diários Migrantes' é um podcast narrativo da autoria da jornalista Ana França, com sonoplastia de Salomé Rita e capa de João Carlos Santos e Tiago Pereira Santos.

    2025 Expresso
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Episodios
  • Diários Migrantes: 5. Filomena, a angolana retornada a um país que nunca a viu partir
    Dec 18 2024

    Filomena tem 58 anos, é dona de uma empresa de turismo em Lisboa, e escreveu este diário para poder comunicar com a criança refugiada que só recentemente se apercebeu de ter sido. Quando Portugal concedeu a independência a Angola, o pai teve de fugir pelo deserto até à África do Sul. Quando finalmente chegou ao Brasil começou a tentar encontrar a família por todos os meios, e eis que os localizou, numa pequena aldeia portuguesa, onde a sua família também vivia. Todos se esforçaram para os receber bem, mas Filomena vivia triste com falta do pai, o seu herói. Um dia, o telefone tocou. Hoje, o que prevalece entre as memórias menos boas é a “generosidade do povo português”, que ficou para sempre marcada no coração desta retornada a um país que não a viu partir.

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  • Diários Migrantes: 4. Willy, o designer brasileiro que deu por si na ceia de Natal do Porto
    Dec 13 2024

    Willy Silva tinha 21 ou 22 anos quando saiu do Brasil, não se lembra bem. Como toda a gente, queria conhecer o mundo, mas nunca tinha pensado nisso a sério. Gostava da sua vida no interior do estado de São Paulo, a sua mãe e o seu irmão estavam lá, os amigos, tudo. Mas um dia falaram-lhe de uma bolsa para estudar fora e ao ver no Facebook umas fotografias da capital da Hungria, Budapeste, pensou que gostava muito de conhecer aquele lugar. Foi o início de meia década de viagens por toda a Europa, que terminou da pior forma possível: Willy chegou a frequentar a sopa dos pobres, no Porto, viveu em tendas, foi explorado e nem sempre lhe pagaram pelos trabalhos que fez. E depois a vida voltou a mudar. Agora tem 35 e brinca com os luxos que lhe dão no emprego: férias, salário ao dia certo, até baixa por doença.

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  • Diários Migrantes: 3. Salima, francesa, bérbere, só “black”, às vezes judia, magrebina, outras árabe
    Dec 11 2024

    Francesa, bérbere, só “black”, às vezes judia, outras vezes magrebina, outras árabe. O diário de Salima Ouardiri é uma homenagem ao ato de partir, e é também uma reflexão sobre o que se perde quando se viaja tanto. Na altura em que falámos com Salima ela tinha 31 anos, estava de regresso a França, onde nasceu, mas o que nos contou, e o que escreve no diário, não são histórias de aventura, antes várias lições de vida que lhe ficaram de cada lugar que visitou. E a principal é esta: a aceitação do nosso estatuto de imigrante ou de pessoa estrangeira é impossível de exigir ou implorar. Ou nos aceitam, ou nos catalogam. E é preciso aprender a viver com isso, e a fazer disso arte. Quando viveu em Portugal trabalhou em telemarketing e como terapeuta de SPA. Agora é educadora infantil e está a estudar medicina chinesa.

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