
Helenismo e a busca pela Paz de Espírito
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Prepare-se para uma jornada fascinante ao coração de um dos períodos mais transformadores da história da filosofia: o Helenismo. Este é um período histórico e cultural que se iniciou com a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e se estendeu até a conquista romana do Egito em 31 a.C.. Marcado pela vasta expansão macedônica e a difusão da cultura grega, o Helenismo testemunhou uma notável fusão de culturas e o surgimento de novos paradigmas filosóficos.
Neste episódio, exploraremos como a filosofia grega, que antes se dedicava às questões públicas da pólis (cidade-Estado), mudou seu foco para a busca individual da felicidade e da virtude em um mundo cada vez mais cosmopolita. A filosofia helenística se tornou uma verdadeira terapêutica para os cuidados, angústias e a miséria humana, oferecendo um caminho para a perfeita tranquilidade da alma e a superação da dor, do sofrimento e do medo da morte [13, 14d].
Desvendaremos as principais correntes filosóficas do Helenismo:
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Cinismo: Fundado por Antístenes e popularizado por Diógenes de Sinope, o Cinismo prega uma vida em conformidade com a natureza, rejeitando convenções sociais e prazeres materiais em busca da autossuficiência (autarquia) e da liberdade [3, 5, 58c]. Diógenes, famoso por viver em um barril, desafiava as normas sociais.
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Ceticismo: Especialmente a escola pirrônica de Pirro de Elis, defende a suspensão do julgamento (epochê) e a crença de que nada pode ser conhecido com certeza (acatalepsia) como meios para atingir a ataraxia (tranquilidade da alma) [3, 5, 53d]. Para Pirro, a ausência de contato entre sujeito e objeto impossibilita o conhecimento certo, levando à necessidade de suspender o juízo para evitar o sofrimento e alcançar a paz interior [3, 8, 16, 46c, 51a].
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Epicurismo: Fundado por Epicuro, busca o prazer (hedonismo) como o bem supremo, mas de uma forma refinada: o verdadeiro prazer é a ausência de dor (aponia) e a paz da mente (ataraxia) [4, 5, 54b]. Epicuro valorizava a amizade e uma vida contemplativa e moderada, longe das agitações [4, 13a, 31, 33b, 36a]. Ele ensinava que a morte não deve ser temida, pois "todo o bem e todo o mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações" [11, 12, 26, 48, 49a]. O sábio epicurista busca a satisfação dos desejos naturais e necessários, e preza pela temperança.
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Estoicismo: Criado por Zenão de Cítio, ensina que a virtude é viver de acordo com a razão e a natureza, sendo o bem supremo. Os estoicos defendem a apatia (ausência de paixões descontroladas), que significa o controle sobre as próprias reações e emoções, e a aceitação do destino [4, 5, 56b]. Pensadores como Sêneca e Epicteto exemplificam essa busca pelo equilíbrio do espírito, aceitando serenamente tanto a sorte quanto a desgraça [6, 7, 10, 11, 23, 24c, 41d].
Junte-se a nós para descobrir como essas antigas filosofias podem ainda hoje nos inspirar a cultivar a tranquilidade da alma, a virtude e uma vida plena, mesmo diante das incertezas do mundo moderno!